sexta-feira, 17 de junho de 2016

O jornalismo e os direitos de personalidade

É recorrente nos tribunais do país a realização de audiências envolvendo jornalistas ou veículos de comunicação. Muito se questiona sobre até que ponto os profissionais da imprensa devem publicar notícias que exponham a vida das pessoas. Sabemos que a realidade do jornalismo não está fácil. Redações cada vez mais enxutas apelam para reportagens sensacionalistas o tempo todo. Muitas são mesmo passíveis de aplicação de processos. Outras são confundidas por afetar direitos de personalidade, quando apenas seguem os direitos da liberdade de imprensa.

Mas nas reportagens vale o bom senso, vale o que o jornalista deve aplicar, que é a ética acima de tudo. Todo jornalista sabe, ou deveria saber, qual é o limite entre uma notícia que realmente importa para a sociedade e qual não importa. São os chamados valores de notícia. E sabe que palavras podem mudar o rumo de vidas, por isso é tão importante a formação jornalística para entender tudo isso, o que pode estar além de uma matéria.

O Direito respalda jornalistas, que podem garantir o anonimato da fonte, ou seja, quando alguém tem alguma informação necessária para determinada reportagem, que denuncia algo, é possível criar até um nome fictício, sem haver problemas para isso. É claro, novamente, a ética profissional deve ser envolvida.

Tem jornalismos e jornalistas por aí, de todos os tipos. E por isso, é comum vermos matérias que não têm nenhum resultado para a sociedade. Porém, por outro lado, vemos uma ameaça constante à liberdade de expressão e imprensa, quando alguém processa um jornalista que investiga, apura e denuncia, por meio de uma reportagem, atos ilegais por exemplo, cometidos com o dinheiro público.


Muita gente não gosta, entende que tem seus direitos de personalidade denegridos. Será? Ao fazer uso do dinheiro público, que o povo luta para conquistar todos os dias e pagar corretamente seus impostos, quem está denegrindo algo aqui é a fonte citada, já que está prejudicando o país.  Tudo tem limite, o jornalista não deve expor a vida privada desta pessoa, mas sim fazer uso do seu papel tão importante na sociedade para denunciar aberrações com o dinheiro do povo. 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A função social da comunicação institucional: A reputação e a confiança

Os profissionais que trabalham na área de comunicação bem entendem o que vou dizer. Muita gente ainda vê a comunicação institucional como uma área predominantemente política, mas mostrarei aqui um outro lado, que é o que considero o mais importante na profissão. É o lado da função social.
Já é dito que as empresas precisam se comunicar com seus públicos, sejam eles seus clientes, acionistas, terceirizados, fornecedores, enfim, todo o publico que a envolve. Mas e a sociedade? Sim, ela entra em um dos públicos mais importantes para a comunicação institucional.
Isso quer dizer que hoje em dia as empresas precisam fazer mais do que se importar com seus lucros no mercado de trabalho. Elas precisam se comunicar com a sociedade, comunicar o que fazem e comunicar sobre seus produtos de uma forma diferenciada, mostrando valores agregados, como os de sustentabilidade, tão falada no mundo atual.
Não basta mais dizer que a empresa vende tal produto, mas sim que ela vende tal produto com valores agregados, valores esses que a sociedade está considerando como fundamentais na compra de um serviço ou produto.
Trata-se de uma mudança radical, se olharmos de forma profunda, analisando cada passo a passo da comunicação institucional no mundo e no Brasil. Se o jornalista pioneiro Ivy Lee mostrou ao mundo os primeiros passos da assessoria de imprensa, o que temos hoje é bem diferente do que era antes.
Não é especificamente de imagem que tratamos agora, mas sim de reputação, confiança e valores que uma empresa possui.
O trabalho do comunicador empresarial vai alem, ele precisa revelar o que a instituição tem no seu melhor, para um mundo melhor.
As mídias sociais, como facebook e twitter tambem surgem nessa nova era da comunicação institucional, interligando pessoas, interligando conceitos, interligando profissionais e a sociedade.
Quem está dentro da empresa, quem está fora? Quem é cliente, quem não é? Hoje em dia as coisas se misturam tanto, que nas redes sociais, o que está em jogo é então a reputação e confiança, novamente os novos paradigmas da profissão de comunicação institucional.
Se tivesse que apostar em duas palavras para a comunicação institucional seriam elas: Reputação e Confiança.
Até breve!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Quem comunica, se entende? Nem sempre! Conheça os ruídos na comunicação

Ruídos da comunicação. Eita coisa chata. Isso sempre existe, independente da linguagem que usamos ou da perfeição que buscamos. Tudo pode ser ruído na comunicação empresarial ou mesmo se tornar um ruído dependendo da forma como comunicamos as questões organizacionais.
Isso é de fora para dentro e de dentro para fora. Os temidos ruídos podem estar em uma forma de comunicação desalinhada com a organização, uma estilo de material que não condiz com a cultura de uma empresa e das pessoas que nela trabalham. Por isso visualize o cenário.
Antes de iniciar um plano de comunicação e evitar um número grande de ruídos em relação ao que se comunica e o que resulta dessa comunicação, é importante conhecer bem a empresa na qual se trabalha. Todas as informações que puder encontrar acabam sendo importantes. Até a rádio peão pode te ajudar, mas não se deixe levar por ela!
Conheça sua empresa, a cultura dela. Compreenda o que diretores e gestores esperam da comunicação interna. Entre em sinergia com essas pessoas e com todos os colaboradores da organização. Se coloque sempre no lugar do colaborador, que vai ler a sua mensagem e esqueça um pouco da linha mais conservadora. Comunique com a verdade, com inspiração.
Lembre-se você é comunicador e ao mesmo motivador dos funcionários de uma organização. Se você pode transformar a vida das pessoas no trabalho em um ambiente de respeito, o faça, através do poder da comunicação.
Comunicador, adiante, vamos juntos.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Conexão: Jornalismo, Sociedade e Empresa

Essa semana aconteceu uma coisa bem curiosa e que confirma a teoria que tenho a muito tempo: a de que assessores de imprensa são criadores de pautas muito antes que os jornalistas das redações quando se fala em comunicar o que faz um assessorado. Vou me explicar. Em uma seleção para uma vaga de assessor de imprensa um colega recebeu a seguinte intimação: quero testar a sua criatividade. É por isso que o jornalista que lida com empresas privadas, publicas ou ainda assessora um ONG precisa estar a frente das tendências e pautar o jornalista que está na redação. O termo “vender a matéria” significa ter uma ideia a frente para que o assunto esteja nos jornais do dia, semana ou mês seguinte.

O que seriam dos jornais sem os assessores e os assessores sem os jornais. Isso mostra que ambos precisam estar conectados para levar a melhor informação para a sociedade. As empresas que sobrevivem atualmente não são somente aquelas que tem bons produtos. É preciso comunicar o que são esses produtos, o que trazem de benefícios para as pessoas. A historia vai alem: é preciso comunicar além das portas das organizações as iniciativas que envolvem a sociedade, governo, instituições de ensino e por ai vai.

E a comunicação dessa forma vai ficando cada vez mais democrática, sempre envolvendo diversos segmentos da sociedade e atendendo a fome de informação de todos nós. E esse lado da comunicação empresarial me encanta, pois não é mais função dela construir uma imagem megaaaa positiva de uma organização. Mas com ética e seriedade, com compromisso da informação séria, o comunicador empresarial sabe bem onde quer chegar e como jornalista defendo esse elo entre sociedade e empresas, sejam elas publicas ou privadas.

Precisamos das empresas, precisamos das informações sobre elas, sejam boas ou ruins, precisamos da notícia. Precisamos dos jornalistas, precisamos dos comunicadores empresariais.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Murdoch e Apple lançam o ‘The Daily’, primeiro jornal digital para tablets

Por: Christina Lima
Fonte: http://nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=770&tipo=A

A primeira data de lançamento foi marcada para 19 de janeiro de 2011. Comunicadores e nerds do mundo todo marcaram nas agendas de seus iPhones, mas na ocasião nada foi revelado. Agora, Rupert Murdoch, à frente da News Corp., e Eddie Cue , vice-presidente de serviços de internet da Apple anunciam o ‘The Daily’, o primeiro jornal do mundo projetado exclusivamente para computadores tablet, como o iPad.

O extremamente esperado lançamento oficial do ‘jornal digital’ no museu Guggenheim, em Nova York, é produto de uma parceria de vários meses entre o gigante da mídia e os engenheiros de Steve Jobs. Quando o evento, previamente organizado para o Museu de Arte Moderna de San Francisco, na Califórnia, foi adiado, Jack Horner, porta-voz da News Corp., não detalhou os motivos do atraso, mas publicações especializadas indicaram problemas na plataforma de assinatura.

O ‘The Daily’, já disponível aos consumidores, “reúne a sensibilidade do tabloide à inteligência do jornal impresso”, segundo o porta-voz. A principal inovação é que não haverá uma edição impressa e uma edição web. O envio da publicação será feito automaticamente para o iPad ou dispositivo semelhante. O diário vai custar US$ 99 centavos por semana.

O projeto, considerado o ‘xodó’ de Murdoch, recebeu investimentos de US$ 30 milhões e será dirigido por Jesse Angelo, ex-editor-chefe do ‘The New York Post’, que comandará uma equipe de 100 jornalistas, incluindo Pete Picton, editor on-line do ‘The Sun’, no 26º andar dos escritórios da News Corp., em Manhattan.

Murdoch disse ter tido a ideia do ‘The Daily’, após analisar um estudo sugerindo que leitores passavam mais tempo imersos em seus aplicativos para iPads do que usando seus tablets para navegar aleatoriamente na internet. A pesquisa indicava ainda que haverá 40 milhões iPads em circulação até o final de 2011. O magnata da mídia estaria especialmente animado com o projeto, pois, se bem executado, irá comprovar sua teoria de que consumidores estão dispostos a pagar por conteúdo on-line original de alta qualidade.

Com informações do ‘The New York Times’, ‘The Guardian’ e ‘Forbes.com’.